Tarifa zero para veículos elétricos importados no Brasil pode chegar ao fim em breve, segundo avaliação da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeifa). A entidade propõe um retorno gradual do imposto conforme a eficiência dos motores elétricos. A elevação do imposto seria realizada gradualmente até chegar a 20%, que é a Tarifa Externa Comum do Mercosul. No primeiro ano do retorno da cobrança, a entidade defende uma taxação de 2% para veículos elétricos a bateria (BEV), 4% para veículos híbridos pesados e 7% para veículos híbridos leves. Sob essa proposta, um veículo puramente elétrico alcançaria a taxa mais alta em 10 anos, ainda menor do que a tarifa atual para veículos importados, que é de 35%, exceto para países como Argentina ou México.
A medida é vista como um potencial obstáculo para a adoção de veículos elétricos no país, já que a tarifa zero de importação de veículos elétricos foi uma das principais medidas do governo para estimular a indústria de carros elétricos no Brasil. No entanto, a Abeifa justifica sua proposta afirmando que é necessário que a taxação acompanhe a evolução da tecnologia.
Desempenho excelente
Apesar da proposta da Abeifa, o mercado brasileiro de veículos leves eletrificados teve um desempenho excepcional no primeiro trimestre de 2023. Foram 14.787 unidades vendidas, o que representa um aumento de 50% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em março de 2023, foram emplacados 5.989 veículos, um aumento de 55,5% em relação ao mesmo mês de 2022.
Dessa forma, os veículos eletrificados leves incluem veículos elétricos híbridos plug-in (BEV e PHEV) e não plug-in (HEV), como automóveis, comerciais leves, utilitários e SUVs. Um ponto positivo a destacar é o crescimento das vendas dos veículos elétricos plug-in, que totalizaram 2.750 unidades em março.
Ademais a maior confiança dos compradores na tecnologia de veículos elétricos plug-in pode ser explicada pelo aumento da infraestrutura de recarga. O número deve atingir pelo menos 10 mil eletropostos públicos e semipúblicos no Brasil até 2025. Isso demonstra que o mercado brasileiro de veículos elétricos está em expansão e que a adoção dessa tecnologia está crescendo rapidamente. No entanto, a eventual retomada da cobrança de impostos pode afetar o desenvolvimento desse mercado no país.
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